Escolas públicas e privadas brasileiras ainda apresentam estágios muito iniciais de inovação, revela pesquisa APEI-50, organizada pelo Instituto Crescer
05/02

Estudo com 50 indicadores confirma abismo entre escolas públicas e particulares,

mas revela que nenhuma alcança níveis avançados de inovação pedagógica


São Paulo, janeiro de 2020 - O Instituto Crescer, instituição que atua na área de Educação em projetos voltados à formação de professores, divulgou recentemente a pesquisa APEI-50 - Avaliação das Práticas Educacionais Inovadoras. Elaborado junto a mais de 300 instituições de ensino (públicas e privadas) e mais de 5 mil professores, o estudo teve como objetivo mensurar o grau de inovação pedagógica nas escolas brasileiras.


Ao analisar, por exemplo, o Perfil de Instituição, o estudo descobriu que existe uma grande distância entre escolas públicas e privadas no que diz respeito ao pilar Resultados Educacionais – Competências Digitais. As públicas apresentam um iAPEI-50 de 0,77 e as privadas 1,51, uma diferença de mais de 2 vezes. Entretanto, mesmo as particulares ainda estão longe do cenário ideal.


O índice APEI-50 considera valores que variam entre 0 e 4 e que correspondem às categorias Emergente, Básico, Intermediário e Avançado, respectivamente. São 50 indicadores que permitem avaliar o quanto as escolas vêm inovando nas práticas pedagógicas, além de identificar pontos de melhoria no uso de tecnologias educacionais. Ao considerar esses parâmetros, fica evidente que mesmo as instituições privadas ainda estão em um nível Básico, o que representa um estágio muito inicial de inovação.


Fonte: Instituto Crescer


“O índice APEI-50 traz informações inéditas que abrem espaço para o debate de ideias, além de apontar alguns caminhos. É um estudo feito por professores para professores. Mais que uma pesquisa, é uma ferramenta para apoiar a gestão educacional em prol da inovação, permitindo conhecer a prática docente, criar um plano de ação para investir em recursos tecnológicos e formação docente, e com isso contribuir para que sejam implementadas novas estratégias de ensino que encantem os alunos e os envolvam em momentos de aprendizagem significativa”, explica Luciana Allan, Diretora Técnica do Instituto Crescer e idealizadora da pesquisa.


Um panorama da inovação no ensino brasileiro


·    - De forma geral, analisando por Pilar, o iAPEI-50 revela que não há nenhum aspecto que se encontra em nível avançado de inovação pedagógica. O melhor resultado é apresentado pelo Pilar Resultados Educacionais, relacionado às Competências Socioemocionais, no qual o iAPEI-50 é de 2,07, sendo considerado como um nível intermediário de inovação pedagógica.


·    - Nas escolas privadas, 3,02 é o iAPEI-50 (nível avançado) relacionado à autonomia que os alunos têm para uso da Internet em práticas pedagógicas. Este mesmo indicador corresponde ao melhor resultado apresentado pelo Pilar Usabilidade para área pública, sendo que seu resultado é de somente 1,92 (nível básico). Estes números indicam que os alunos da rede privada têm praticamente três vezes mais autonomia para uso da Internet para fins pedagógicos que os alunos da rede pública.


Fonte: Instituto Crescer


·    - O uso das tecnologias digitais para personalizar a prática de ensino e criar atividades diversas de forma a atender os diferentes estilos e necessidades de aprendizagem apresentado pelos alunos é outro aspecto visto como positivo pelo iAPEI-50. A rede pública apresenta um iAPEI-50 de 1,88, enquanto o da rede privada alcança 2,81 (nível intermediário).


Fonte: Instituto Crescer


·    - Como piores iAPEI-50 no pilar Usabilidade estão: criar oportunidades dos alunos participarem de comunidades virtuais de aprendizagem extrapolando os muros da escola (0,75), envolver os alunos em projetos da metodologia integrada STEAM – Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics (0,86) e uso de portfólios digitais para gestão da aprendizagem (0,95). Todos estes itens alcançaram nível emergente, o que revela que não há indícios de prática pedagógica inovadora relacionada a estes aspectos. O resultado varia pouco quando é feito um recorte e leitura dos resultados por escolas públicas e privadas.


Fonte: Instituto Crescer

 

·   - Muitas das questões relacionadas à cultura digital encontram-se em um nível básico de inovação pedagógica. Como destaque, vale mencionar o iAPEI-50 relacionado aos itens: participação em uma cultura digital com respeito ao próximo (1,72), utilização de tecnologias digitais com segurança (1,58) e pedido de ajuda em situações de risco ao navegar na Internet (1,12). Esses são resultados gerais, o que reflete a percepção de professores de escolas públicas e privadas.

 

·     - Os melhores resultados advêm do pilar Resultados Educacionais referente às Competências Socioemocionais e que estão relacionados à abertura e interesse dos alunos em participarem de projetos. Neste caso, o iAPEI-50 é de 3,08 para escolas particulares (nível avançado) e 2,31 para escolas públicas (nível intermediário). Dentro desta mesma perspectiva temos a visão dos professores em relação ao engajamento e resiliência dos alunos ao participarem de projetos. O iAPEI-50 da escola pública fica em 2,24 e da escola privada em 2,93 (ambas em nível intermediário).

 

·    - Aspectos que envolvem as competências intra e interpessoal são aqueles nos quais encontramos as maiores fragilidades dentro do Pilar Resultados Educacionais – Competências Socioemocionais. Analisando os fatores que dizem respeito a competência intrapessoal vale destacar o indicador que traz a visão dos professores sobre a capacidade dos alunos para fazer autogestão da aprendizagem, com iAPEI-50 de 1,62, seguido por administração do tempo (1,64) e autoconhecimento (1,75). Em relação ao interpessoal, os principais pontos são o desafio que os alunos têm para se comunicar em outra língua (1,12) e o interesse em conhecer e se engajar com o que acontece fora dos muros da escola (2,01). Vale destacar os resultados relacionados à comunicação em outra língua, que tem um iAPEI-50 três vezes maior na rede privada (1,53), em comparação aos resultados relatados por professores da rede pública (0,58), o que demonstra, mais uma vez, a subutilização das tecnologias digitais para potenciar práticas eficientes de ensino e aprendizagem.

 

·      - Por último, no que diz respeito aos resultados relacionados à competência docente, extrair dados de sistemas online para avaliar resultados de aprendizagem aparece como um dos aspectos mais positivos, com um iAPEI-50 de 2,24 (intermediário). Como pior resultado, aparece a capacidade dos docentes em fazer curadoria de recursos digitais, com um iAPEI-50 de 1,84, considerado básico.


Feita por professores para professores


Idealizado pela Diretora Técnica do Instituto Crescer, Dra. Luciana Allan, o projeto APEI-50 foi lançado em 2018 como parte das comemorações pelos 18 anos da instituição. Desenvolvido de forma colaborativa, o estudo está alinhado a RRI (Responsible Research and Innovation – Pesquisa e Inovação Responsáveis), termo criado pela Comunida Europeia, que têm como premissa que os agentes e representantes sociais trabalhem juntos durante todo o processo de pesquisa e inovação.


Nesta primeira edição, participaram 5.411 professores de 317 escolas espalhadas pelo país. Para validação do programa, foram convidados acadêmicos, professores e profissionais especialistas em educação, que vêm acompanhando e participando de iniciativas que envolvem a promoção de instituições inovadoras apoiadas pelas tecnologias digitais.


Para a Secretária de Educação de Mogi das Cruzes, Joelma Silveira, a avaliação e seu acompanhamento são excelentes ferramentas para realizar um diagnóstico do ensino. “Não só na rede pública, mas também nas escolas particulares, o APEI-50 traz um entendimento no que tange ao nível de maturidade, inovação e utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação em prol dos estudantes brasileiros, servindo também de autoavaliação para o público docente. As escolas públicas apresentam uma desvantagem no acesso aos recursos. Os professores acabam não dispondo deles para inovar em suas aulas e aproximar seus alunos dos conteúdos necessários, utilizando a linguagem que entendem. Devido a essa escassez, os professores também, de um modo geral, não se capacitam para esse fim. Que bom que iniciativas como os programas federais, projetos da iniciativa privada e parceiros têm tentado reverter essa situação”, diz.


Na visão de Silvia Cristina Scuracchio, Mantenedora da Escola Bosque em São Paulo, as escolas públicas, como todas as demais instituições de ensino, estão em busca de modernização e inovação. “Evidentemente existe uma grande lacuna a ser preenchida nesses quesitos e o APEI-50 chega como uma excelente ferramenta para ajudar a criar um plano de ação baseado nos resultados obtidos. Toda mudança implica em uma série de transformações em vários níveis, desde a capacitação dos professores até a adequação dos espaços físicos. O APEI-50 auxilia de forma inequívoca as escolas a fazerem um diagnóstico e a identificarem as áreas prioritárias para iniciarem esse processo. A pesquisa ainda tem a versatilidade para acompanhar a jornada de transformação, pois pode e deve ser novamente aplicada durante o processo para criar novos direcionamentos que levem à conquista de  melhores resultados”, afirma.


7 perguntas para Luciana Allan, Diretora do Instituto Crescer,

sobre Inovação na Educação e o APEI-50




1. 1.     Como qualificar o uso da Internet e aproveitar melhor os recursos tecnológicos que hoje estão nas mãos dos alunos, contribuindo para que sejam viabilizadas práticas mais eficazes de ensino e aprendizagem?

Pela pesquisa TIC Educação 2018, 64% das Escolas Públicas e 44% das Escolas Privadas têm acesso à Internet no laboratório de informática e em 57% das Escolas Públicas e 74% das Escolas Privadas há acesso à Internet na sala de aula.

No entanto, o índice de inovação pedagógica APEI-50 é de somente 2,12, ou seja, é considerado como um nível Básico, quando olhamos para o quanto os professores vêm trabalhando com metodologia de pesquisa na Internet, e 1,87 quando refere-se ao estímulo que eles dão aos alunos para verificar a confiabilidade da informação e compartilhar resultados de pesquisa.

Algo que também nos preocupa é quando olhamos para o resultado apresentado pela pesquisa complementar feita junto aos líderes cadastrados na plataforma APEI-50. Por esta pesquisa descobrimos que somente 31% das Escolas Públicas e 56% das Escolas Privadas orientam seus professores sobre como realizar pesquisas eficazes com respeito aos direitos autorais. 

2.  2.    Qual o impacto na formação dos alunos quando os educadores não estão privilegiando estratégias de ensino que permitam aos alunos trabalhar situações de ensino baseada em problemas, buscando resolver, por meio de protótipos, desafios do mundo real?

Sabemos o quanto será desafiador o futuro para estas crianças e jovens. Hoje é muito difícil prever o futuro e ainda teremos muitos avanços tecnológicos nos próximos anos que, inclusive, redefinirão carreiras e profissões. Muito mais que conhecimento técnico, cada vez mais será necessário, a qualquer pessoa, ter atitude, proatividade, resiliência e disciplina para aprender sempre e por toda a vida, se reinventar, entre diversas outras competências. Se tudo isso é fato, criar oportunidades de pensar em problemas do mundo real e buscar resolvê-los mobilizando diferentes competências e fazendo uso de diversos conhecimentos é algo premente e que deve ser trabalhado ao longo de toda a educação básica.

No entanto, quando olhamos para os resultados da avaliação APEI-50 e focamos neste aspecto, encontramos um índice de inovação APEI-50 igual a 0,91 relacionado às oportunidades que os professores promovem de envolver os alunos em projetos STEAM (projetos que envolvem Ciências, Tecnologias, Engenharia, Matemática e Artes) e 1,39 quando mencionam trabalhar com aprendizagem baseada em problemas do mundo real, envolvendo a construção de protótipos. Ou seja, ainda estão em um processo muito inicial relacionado a este tipo de trabalho pedagógico.

Um dos aspectos que pode estar gerando este tipo de situação é o fato de somente 4% das Escolas Públicas e 44% das Escolas Privadas possuírem Espaço Maker em boas condições de uso e 19% das Escolas Privadas e 34% das Escolas Públicas terem kit de robótica (informações compartilhadas pelos líderes participantes da pesquisa complementar APEI-50). Ou seja, é outro ponto a se pensar, não só relacionado com a formação continuada dos professores, mas também à infraestrutura. 

3.  3.     Será que os alunos terão “empregabilidade” ou mesmo, se decidirem ser empreendedores, terão todas as competências necessárias ao cidadão do século XXI para gerir e seguir em frente com o seu projeto de vida?

Parece uma questão simples, mas é bem mais complexa do que imaginamos quando olhamos para os resultados referentes ao manuseio dos recursos tecnológicos básicos necessários ao mundo do trabalho. Pela pesquisa e resultados referentes à prática dos professores, ao utilizar tecnologia no dia a dia junto aos alunos temos como índice de inovação APEI-50 1,74 relacionado ao trabalho com mapas conceituais, 1,78 para produção de materiais multimídia, 0,95 para produção de textos digitais e 1,17 para uso de softwares de produtividade, ou seja, em todas as situações encontramos um índice que refere-se à situação emergente ou básica, longe de ser um trabalho adequado e que esteja contribuindo para que os alunos desenvolvam as competências necessárias para o século XXI.

A relevância e confirmação destes aspectos também aparecem na pesquisa TIC Educação 2018, na qual temos que somente 19% dos professores trabalharam com planilhas e gráficos no último ano, 35% promoveram oportunidades de apresentação com suporte das tecnologias digitais e 34% solicitaram que os alunos produzissem textos digitais.

Uma hipótese para que esta situação se configure é a falta de infraestrutura. Pelo resultado da pesquisa complementar feita com os líderes cadastrados na plataforma APEI-50 constatamos que somente 50% das escolas têm software de produtividade à disposição para trabalho pedagógico. 

4.  4.    Como preparar os alunos para serem cidadãos em um momento no qual vivenciamos a 5ª revolução industrial, dominada pela inteligência artificial, big data, ferramentas de analytics e robótica?

O uso das tecnologias digitais no contexto pedagógico também tem reflexo direto em outros resultados educacionais, principalmente naqueles relacionados ao desenvolvimento das competências digitais. Pela pesquisa, os melhores resultados ainda se referem aos relacionados à cultura digital e os piores às questões correlatas ao pensamento computacional e robótica.

Apesar de termos ciência que estes são aspectos que estarão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, que a inteligência artificial, as ferramentas de analytics e big data vivenciam, neste momento, somente a ponta do iceberg, temos um trabalho rudimentar.

O índice de inovação APEI-50 referente ao uso das tecnologias digitais para promover o pensamento computacional e o desenvolvimento da linguagem de programação ainda é muito baixo. Relacionado a entender a lógica da linguagem de programação, a saber decodificar esta linguagem ou, ainda, de forma mais complexa, saber programar, temos como índice de inovação APEI-50 0,59, 0,55 e 0,45 respectivamente. Ou seja, em todas as situações encontramos valores muito baixos, em situação emergente, o que significa que estamos muito aquém do que deveríamos ter em um mundo no qual todas as profissões estão sendo informatizadas e programar passa a ser algo que pode ser feito por qualquer pessoa, com conhecimentos simples de pensamento computacional e linguagem de programação. 

5.  5.    Como promover a cultura digital como prevê a BNCC?

Sendo a cultura digital uma das 10 competências gerais previstas na Base Nacional Comum Curricular devemos ter uma atenção especial para este aspecto. Alguns dos pontos analisados nesta pesquisa foram entender o quanto os professores percebem que os alunos participam da cultura digital com respeito ao próximo, pedem ajuda em situação de risco ao navegar na Internet e a utilizam com segurança.

De uma forma geral, temos como índice de inovação APEI-50 1,73 relacionado à percepção dos professores em relação ao quanto os alunos participam da cultura digital com respeito ao próximo, 1,16 sobre o quanto eles pedem ajuda em situação de risco e 1,28 sobre o quanto acreditam que os alunos sabem navegar com segurança. Ou seja, temos novamente os resultados em um estágio básico de maturidade tecnológica.

Algum dos aspectos que corroboram para este cenário são:

- Somente 58% das Escolas Públicas e 61% das Escolas Privadas orientam os professores para promover navegação segura na internet junto aos alunos (pesquisa com líderes APEI-50);

- Somente 38% das Escolas Públicas e 67% das Escolas Privadas orientam os professores para questões relacionadas ao Cyberbullying (pesquisa com líderes APEI-50);

- 61% dos professores promoveram algum tipo de debate sobre como navegar de forma segura e 38% ajudaram algum aluno a enfrentar situações de risco ocorridas na Internet (TIC Educação, 2018);

- 15,3% dos professores responderam na avaliação APEI-50 “NÃO SE APLICA” para os ítens orientar para navegação segura ou evitar cyberbullying, ou seja, acreditam que esta é uma responsabilidade que não deve ser deles.

6.  6.    Ser empreendedor é o projeto de vida para mais de 80% dos jovens brasileiros, segundo pesquisa feita pelo Lide Futuro. É também um dos aspectos mais valorizados na educação da Finlândia, considerada uma das melhores do mundo. Sendo isso verdade, o quanto estamos preparados para desenvolver futuros empreendedores?

Para análise deste aspecto, levamos em consideração o resultado apresentado por diferentes indicadores e comparamos com a autoavaliação que os(as) professores(as) fizeram sobre sua prática profissional. Pelo resultado da pesquisa, temos que somente 19,8% de professores(as) das escolas públicas e 38,2% das escolas particulares sentem-se confortáveis para promover o empreendedorismo junto aos estudantes.

Este fato se reflete nos indicadores relacionados às competências socioemocionais, ficando evidente que ainda há muito a ser feito. Como principais aspectos, mencionamos os índices de inovação APEI-50 referentes ao quanto os estudantes têm consciência do seu papel e responsabilidade em um projeto (2,12), ao seu autoconhecimento (1,75), administração do tempo (1,64) e autogestão (1,62).

Como resultados gerais um pouco melhores, chegando a atingir um nível intermediário de inovação APEI-50, temos: abertura dos alunos à novas experiências (2,75), engajamento e resiliência (2,63), empatia (2,43) e trabalho em equipe (2,06).

7.      E o que tem sido feito por líderes educacionais e suas organizações para alavancar um processo de transformação digital e promover o repensar pedadógico junto aos professores(as)?

Poucos são os programas de formação continuada que vêm sendo organizados e ofertados aos (às) professores(as) permitindo que aprimorem sua prática relacionada ao uso das tecnologias digitais no contexto educacional. Pelos dados que conseguimos reunir junto aos líderes cadastrados no sistema APEI-50, para confirmar este entendimento, temos:

- 35% das Escolas Públicas e 11% das Escolas Privadas não têm nenhuma formação para professores(as) relacionada à questão do uso das tecnologías no contexto educacional;

- Quando há formação, 4% das Escolas Públicas e 22% das Escolas Privadas relatam que ela ocorre somente semestralmente com uma carga horária de 4 horas;

- Em somente 8% das Escolas Públicas e 17% das Escolas Privadas há formações para professores mensalmente com uma duração de 2 horas, o que poderíamos considerar como o mínimo adequado;

- Pela pesquisa TIC Educação 2018 também temos que, por conta da falta de formação, quase 80% dos(as) professores(as) acabaram aprendendo por meio de contatos informais com outros professores(as) ou aprenderam sozinho (mais de 85% deles);

- É interessante ver também que o apoio dado pelo profissional responsável pela sala de informática muitas vezes é bem pequeno, chegando a ser mencionado como somente 19% (escolas públicas) e 41% (escolas particulares).


Faça o download da avaliação APEI-50 aqui.

Sobre o Instituto Crescer

O Instituto Crescer é uma Instituição fundada em 2000 que atua na área de Educação em projetos voltados à formação de professores para diferentes áreas do conhecimento, projetos de inclusão digital e qualificação profissional de jovens. Seus principais parceiros são Microsoft, Fundação Nestlé, Copersucar, Instituto Claro, Instituto CCR, Instituto Votorantim e Neoenergia.

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